O dente do siso localiza-se nas extremidades das arcadas dentárias. Em sequência, é o terceiro molar. Geralmente existem quatro deles na cavidade bucal. Por falta de espaço na boca, eles nascem malposicionados, não nascem o suficiente ou então nem nascem, assim precisam ser extraídos em uma cirurgia realizada em consultório dentário, relativamente simples, se bem planejada.
O melhor exame para identificar a presença do dente do siso é a radiografia panorâmica, um exame que mostra a boca e todas as suas estruturas adjacentes de uma maneira planificada. Esse exame é extremamente importante para guiar o cirurgião para realização de uma intervenção segura e rápida. Essa radiografia também pode revelar a ausência de um ou mais terceiros molares, o que não seria surpresa já que o dente não se desenvolve em alguns pacientes por simples evolução da espécie.
A extração do siso, quando bem planejada, é simples. Pode ser realizada em consultório odontológico, sob anestesia local. Alguns pacientes, quando mais ansiosos, optam pela sedação ou anestesia geral para eliminar o desconforto de ficar “vendo” todo o procedimento.
Quando está incluso, é necessário realizar uma pequena incisão na gengiva e se necessário, desgastar um pouco do osso que o recobre para que ele seja removido. Há também os casos onde este está semi-incluso, onde o procedimento é similar, porém um pouco mais simples. Em ambos os casos o paciente precisa receber pontos e deve retornar ao consultório para acompanhamento da cicatrização.
Quando o paciente opta pela extração sob anestesia geral ou sedação , é possível remover os 4 terceiros molares de uma única vez. Nos procedimentos realizados em consultório, apenas com anestesia local, esta cirurgia seria muita cansativa para ambas as partes, principalmente se os dentes se encontrarem em posições complexas. Nestes casos, o ideal é realizar a remoção de 2 dentes (superior e inferior) de cada lado, em 2 etapas cirúrgicas. Cada caso é avaliado individualmente, sendo a melhor estratégia, discutida entre paciente/profissional para decidir qual serão as opções mais adequadas.
É extremamente importante que o paciente faça uma consulta pré-cirúrgica para que o cirurgião investigue algumas condições que podem atrapalhar o bom curso de uma intervenção simples.
Existem casos onde o paciente necessita de medicação prévia, conhecida como profilática, para evitar infecções, inflamações, inchaços (edema), ou apenas para aliviar a tensão comum a muitos pacientes.
Bem como alguns cuidados devem ser mantidos antes do procedimento, também existem cuidados pós-cirúrgicos importantes que são apresentados ao paciente na primeira consulta.
Os sintomas relacionados ao nascimento do dente do siso se parecem muito com os sintomas de nascimento dos dentes em uma criança. Geralmente eles iniciam com uma coceira leve. Quando o dente irrompe e rasga a gengiva, pode haver a presença de dor leve e muitas vezes febre pode estar associada. Após este período inicial, a dor pode desaparecer ou se prolongar até sua completa erupção.
Se o dente não estiver em posição correta, sua erupção pode ficar comprometida, não acontecendo por inteiro. A dor, que até então era leve a moderada, pode aumentar bastante, dependendo de quais estruturas estejam envolvidas nesta erupção.
Se seu dente do siso está nascendo, procure um profissional para avaliar a posição em que ele se encontra, assim será possível identificar a necessidade da remoção ou ainda, a possibilidade de sua manutenção.
É comum o dente do siso trazer desconforto quando está erupcionando. Ele precisa irromper (romper) na gengiva, que pode ficar inflamada e dolorida. Neste momento a higiene se torna difícil, porém é extremamente importante para que essa inflamação não aumente ainda mais.
De maneira geral o terceiro molar erupciona por volta dos 16 anos. Existem casos em que ele se forma mas não aparece na cavidade bucal, ficando incluso por muitos anos, ou ao longo da vida. Nos casos onde o siso fica incluso durante anos, ele pode sofrer algum tipo de estímulo, ainda desconhecido, e começar a nascer na idade adulta. Nesse momento a extração está indicada.
Quando o dente do siso começa a nascer, ele rompe a gengiva, tornando-a suscetível a inflamações pela grande quantidade de restos de alimentos que se acumulam na região. Esta, por sua vez, fica dolorida e por este motivo o paciente deixa de higienizar corretamente, o que vai agravando o problema.
Além de a região apresentar-se dolorida ela ainda está em uma localização da boca de difícil acesso. Todos esses aspectos acabam facilitando a instalação da doença cárie que pode evoluir levando bactérias até a polpa (nervo do dente), causando dor exacerbada. Neste caso, nenhum tipo de remédio diminui a dor sentida pelo paciente e a remoção ou abertura, para posterior tratamento de canal, do siso se faz necessária.
Como a anestesia de uso odontológico geralmente é feita a distância do foco da dor, o procedimento pode ser realizado sem intercorrências.